sábado, 24 de julho de 2010

Lago Verde Azul

Interpretação: Osvaldir e Carlos Magrão
Composição: Helmo de Freitas

Um medo de andar solito, ouvindo vozes e gritos
E até do barco um apito na sua imaginação
Olhos esbugalhados do moleque assustado, olhando aquele mar bravo
Ora doce, ora salgado, num temporal de verão

Sem camisa na beirada bombachita arremangada
Botou petiço na estrada quando a areia lhe guasqueou
Sentiu um arrepio com aquele ar frio que o açude e rio
E as águas que ele viu não lhe provocou
Coqueiro e figueira dos matos e a bela Lagoa dos Patos, ó verdadeiro tesouro
Lago Verde e Azul que na América do Sul Deus botou pra bebedouro

Tempos que ainda tinha o bailado da tainha
Quando o boto vinha com gaivota revoada
E entre outros animais, no meio dos juncais
Surgiam patos baguais e hoje não se vê mais este símbolo da aguada
Nas noites de lua cheia, a gente sentava na areia
Para ver se ouvia a sereia entre as ondas cantando
E hoje eu volto ali, no lugar em que vivi
Onde nasci quando guri me olho lagoa em ti e me enxergo chorando



Pescadores da Lagoa dos Patos

Seqüência de imagens feitas entre Itapuã e Rio Grande, na Lagoa dos Patos - RS, Brasil. Imagens: Miguel Sanchis. Música de Airton Madeira e Otacílio Meireles. Mais em http://www.conjuminando.com.br/

Litoral Norte do RS - 1

A planície litorânea do Rio Grande do Sul, constituída predominantemente por praias arenosas dissipativas, situa-se geograficamente entre as terras altas do oeste e o Oceano Atlântico a leste, desde a desembocadura do Mampituba (29ºS e 49ºW) ao norte, até a Barra do Chuí (33ºS e 53ºW) ao sul (Rambo, 1956; Schwarzbold, 1982).

Apresenta o aspecto de uma linha pouco sinuosa que, com exceção de Torres, que está à 66m do nível do mar, não apresenta cotas com mais de 20m de altitude. A planície costeira possui uma extensão de 640Km entre os paralelos 29º e 33º de latitude Sul e os meridianos 49º e 53º de longitude Oeste (Schwarzbold & Schäfer, 1984). Excetuando-se o pilar granítico de Torres o restante do litoral riograndense é de origem geológica recente, do Período Quaternário (Rambo, 1956).

O sistema hídrico da costa do Rio Grande do Sul é composto por lagunas, lagoas costeiras, lagoas interiores, rios, riachos, arroios e canais que formam uma complexa e peculiar rede hidrológica, com muito de sua dinâmica e morfologia ainda desconhecidas (CORSAN, 1992).

Ao longo da costa, pela ação do vento predominantemente Nordeste, há a formação de barreiras arenosas múltiplas com diferentes gradientes morfológicos que vão desde lagoas profundas (assimétricas) até as rasas (simétricas) de áreas de banhado (Schwarzbold & Shäfer, 1984). O rompimento intermitente ou contínuo para o mar da maioria destes sistemas hídricos deu origem aos diversos estuários da costa do Rio Grande do Sul.

As regiões litorâneas e costeiras do Brasil apresentam uma multiplicidade de ecossistemas extremamente produtivos, sendo habitats de uma grande parte dos recursos marinhos, pois são áreas de criação e refúgio de inúmeras espécies de peixes, crustáceos e moluscos capturados pela pesca industrial ou artesanal (Diegues, 2001).

Fontes citadas:

DIEGUES, A. C. A sócio-antropologia no Brasil: uma área de pesquisa emergente. In: Ecologia humana e planejamento costeiro. p. 145-168, 2001.
CORSAN. 1992. Assessoria para a preservação de recursos hídricos. Relatório Técnico: Recursos hídricos e abastecimento de água no litoral norte do Rio Grande do Sul. Porto Alegre. 41p.
RAMBO, B. 1956. A fisionomia do Rio Grande do Sul. Selbach, Porto Alegre, 456p.
SCHWARZBOLD, A. 1982. Influência da morfologia no balanço de substâncias e na distribuição da macrófitas aquáticas nas lagoas costeiras do Rio Grande do Sul. Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS, Porto Alegre, 94p. (Dissertação de Mestrado).
SCHWARZBOLD, A. & SCHAFER, A. 1984. Gênese das lagoas costeiras do Rio Grande do Sul-Brasil. Amazoniana, Manaus, 9(1): 87-104.



terça-feira, 20 de julho de 2010

Parque da Guarita (Torre Sul),Torres.

O município de Torres, litoral Norte do Rio Grande do Sul, possui muitas belezas naturais e muitos atrativos turísticos.
Entre os mais visitados pontos turísticos está o Parque da Guarita. Na sua porção Sul eleva-se a chamada Torre Sul, que é um paredão de arenito-basalto (contato basal da formação Botucatu com dois derrames basálticos, retrabalhados pela influência marinha), representante da borda leste da Bacia do Paraná. Representa a separação entre o Parque da Guarita e o Parque da Itapeva.
Vista de parte da Torre Sul, com o Parque da Itapeva ao fundo.


Vista da Torre Sul e Torre do Centro.


Torre Sul e Torre do Centro.
Para saber mais acesse:

sábado, 17 de julho de 2010

Khadro Ling Chagdud Gonpa (Templo Budista)



Conhecer o templo budista Khadro Ling, em Três Coroas - RS, é uma experiência única. Além de poder aprender um pouco mais sobre o Budismo e sua história no Rio Grande do Sul, através de vídeos e placas explicativas, pode-se ainda conversar com adeptos dessa filosofia que são receptivos para esclarecerem as principais dúvidas dos visitantes.
Somado a isso, pode-se ainda ter acesso a uma deslumbrante vista do Vale do Rio Paranhana.


Abaixo a casa que abriga as oferendas de lamparinas e as rodas de oração. Ao lado detalhe de uma das rodas de oração.




Templo, com a vista para o Vale do Rio Paranhana ao fundo.

Bandeirinhas com orações para serem levadas pelo vento.

Mausoléu de S. Ema. Chagdud Rinpoche.

Estátua de Padmasambava, esculpida por S. Ema. Chagdud Rinpoche.

Estupas e, ao fundo, a Estátua de Padmasambava.

Para saber mais acesse:
http://kl.chagdud.org/

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Morro Sapucaia - 1

Pertencente ao mesmo complexo formado pelo Morro do Paula e do Morro das Cabras, o Morro Sapucaia, por localizar-se distanciado dos demais, aparece como um elevação solitária de arenito Botucatu em meio a um imenso vale. Legalmente trata-se de uma Reserva Particular de Preservação Ambiental (RPPA). Esse tipo de unidade de conservação, criado pela Lei Federal 9.985 de julho de 2000, é de uso sustentável e de domínio privado, tendo por objetivo a preservação do meio ambiente.
O Morro Sapucaia é de reconhecida importância como refúgio de fauna e como ambiente em que crescem espécies vegetais de grande relevância científicas, tais como a orquídea rupestre Codonorchis canisioi, endêmica da região e atualmente classificada como EM PERIGO.

domingo, 11 de julho de 2010

Morro das Cabras - 1

Em área próxima ao Morro do Paula, pode-se avistar um outro morro de grande beleza, o Morro das Cabras. Este morro localiza-se na divisa entre Sapucaia do Sul e Gravataí, no Rio Grande do Sul.

Assim como o seu vizinho, o Morro das Cabras é formado por rochas sedimentares areníticas e apresentada grande riqueza faunística e florística.

Para saber mais acesse:


http://www.fzb.rs.gov.br/publicacoes/iheringia-botanica/Ih63-2-p213-230.pdf
http://www.datasinos.unisinos.br/arquivos/Lasalle/poster04.pdf


Fotos de Lisiane Ramos

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Morro do Paula - 1

Localizado na divisa dos municípios de São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Gravataí - RS, o Morro do Paula abriga uma grande diversidade de animais e plantas, além de ainda preservar casas e outras construções que contam um pouco da história dos primeiros imigrantes alemães na região. Do alto do morro se tem uma visão privilegiada de parte do vale que circunda o Rio dos Sinos nos municípios de São Leopoldo e Novo Hamburgo.

É uma área que tem sido usada para a extração de arenito. A extração de pedras foi proibida no início do ano de 2010, porém foi liberada novamente algum tempo depois.

Fotos Lisiane Ramos

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Porto de Porto Alegre

Está localizado na margem esquerda do Rio Guaíba, na parte noroeste da cidade de Porto Alegre (RS).
Sua construção foi iniciada no ano de 1911 por iniciativa do governo do estado do Rio Grande do Sul. Em 26 de agosto de 1913, foram concluídos 146m de cais com 4m de profundidade, em frente à Praça Senador Florêncio.
O primeiro trecho para atracação, com 300m, começou a operar comercialmente em 1º de agosto de 1921, sob a administração da Secretaria da Fazenda do governo estadual, decorrendo da maior demanda de movimentação de mercadorias com a abertura do sistema de canais interiores do Rio Grande do Sul, a partir de 1919. Somente com a edição do Decreto nº 24.617, de 9 de julho de 1934, foi regularizada a autorização ao estado para explorar o porto durante 60 anos.
Em 1951 foi criado o Departamento de Portos, Rios e Canais (DEPRC), autarquia estadual que ficou responsável pela exploração comercial do porto, de acordo com a concessão ao estado do Rio Grande do Sul. Com o fim da concessão em 1994, foram feitos dois aditivos até a assinatura de um convênio de delegação entre o Ministério dos Transportes e o estado do Rio Grande do Sul, em 27 de março de 1997, para administração e exploração do porto.
Atualmente ainda é administrado pela autarquia Departamento Estadual de Portos, Rios e Canais (DEPRC).

Texto e fotos de Rafael Daudt